Dois anos depois de uma explosão que sacudiu uma das maiores igrejas católicas do Nepal e matou três pessoas, o grupo clandestino que orquestrou esse ataque assumiu a responsabilidade por outra explosão nessa semana.
Uma bomba explodiu no dia 22 de novembro na frente do escritório de um líder de uma organização cristã beneficente. O medo e a insegurança entre os cristãos estão cada vez mais latente.
No mesmo dia do ataque, no distrito nordeste Sindhupalchowk, moradores de uma vila predominante budista de Danchhe agrediram dois cristãos que estavam se dirigindo para um culto em uma casa, deixando um deles inconsciente.
A polícia ainda está investigando a explosão em frente ao escritório da missão Nações Unida pelo Nepal (UMN). A bomba explodiu, mas não fez vítimas ou danos no escritório da UMN.
A polícia encontrou em frente ao local do ataque folhetos de que levava a assinatura de um membro sênior do Exército de Defesa do Nepal (NDA), grupo militante armado que aterrorizam cristãos e muçulmanos, forçando que eles saiam do país.
Os folhetos continham afirmações que diziam que a maioria da população do Nepal era hindu e que, portanto, o país deveria ser considerado hindu. Os panfletos também acusam a UMN de converter hindus ao cristianismo.
O mentor do ataque contra a igreja, Ram Prasad Mainali, foi preso há quatro meses atrás, mas manteve-se com suas atividades criminosas. No início desse ano, a polícia também prendeu seis pessoas que admitiram estar seguindo instruções de Mainali para desencadear novas explosões em locais públicos.
Apesar da revelação, o novo governo do Nepal iniciou negociações com o NDA, oferecendo anistia para o líder Mainali e outros líderes do grupo que também foram presos caso eles se comprometessem a entregar as armas que eles possuem.
“Esta é uma questão extremamente sensível. Há crescentes ondas de ataques contras as minorias religiosas que estão no Nepal”, disse o secretário-geral da federação.
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