Manifestantes protestam contra junta militar que governa país
Pelo menos 22 pessoas morreram nos confrontos registrados desde sábado (19) no Egito entre manifestantes hostis ao Exército, que governa o país, e as forças de segurança, anunciou o ministério da Saúde nesta segunda-feira (21).
Egito entra no 3º dia de confrontos
"O número de mortos na Praça Tahrir (Cairo) e em outras províncias chega a 22 desde o início dos distúrbios", afirma um comunicado do ministério.
O texto não informa o número de feridos, que estava em 1.700 no balanço anterior.
A televisão pública anunciou mais cedo que 20 pessoas morreram desde sábado na Praça Tahrir, em pleno centro do Cairo, onde acontecem os choques mais violentos.
Nesta segunda-feira, a polícia usava gás lacrimogêneo contra os manifestantes, espalhados em pequenos grupos na praça e seus arredores, que respondiam com pedras.
Um incêndio teve início num prédio nas imediações e os bombeiros tiveram dificuldades para resgatar moradores por causa da ação da polícia contra os manifestantes, o que irritou pedestres que passavam pela área. Alguns moradores do edifício tentavam escalá-lo para ajudar as pessoas que não conseguiam sair de lá.
Os confrontos entre forças de segurança do governo e manifestantes no Cairo e outras cidades egípcias resultaram na morte de pelo menos 22 pessoas desde sábado, num dos momentos mais violentos no país desde a derrubada do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro.
Segundo informações do Ministério da Saúde, entre os 22 mortos estão manifestantes e membros das forças de segurança.
Os choques acontecem a uma semana do início das primeiras eleições legislativas no país desde a queda de Mubarak.
Os manifestantes exigem o fim do poder militar instaurado desde fevereiro.
Forças sírias matam quatro pessoas
em novo dia de confrontos
Quatro pessoas morreram nesta segunda-feira (21) em uma ação das forças de segurança sírias na província de Homs (centro), informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Duas pessoas morreram e sete ficaram feridas em Homs. Duas morreram na cidade de Qusseir e oito foram feridas a tiros", afirma um comunicado do OSDH.
O Exército também ocupou posições nas localidades de Karnaz, Lataminah e Kafar Nabudeh.
Nesta segunda-feira (21), a Rússia acusou o Ocidente de buscar a provocação na crise síria ao não estimular o diálogo entre a oposição e o presidente Bashar al Assad.
O chanceler Serguei Lavrov disse que a conduta do Ocidente é "equivalente a uma provocação política a nível internacional".(reportagem R7.COM)
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