21.11.11

Confrontos no Egito deixaram 22 mortos desde sábado

Manifestantes protestam contra junta militar que governa país
Pelo menos 22 pessoas morreram nos confrontos registrados desde sábado (19) no Egito entre manifestantes hostis ao Exército, que governa o país, e as forças de segurança, anunciou o ministério da Saúde nesta segunda-feira (21).
Egito entra no 3º dia de confrontos
"O número de mortos na Praça Tahrir (Cairo) e em outras províncias chega a 22 desde o início dos distúrbios", afirma um comunicado do ministério.
O texto não informa o número de feridos, que estava em 1.700 no balanço anterior.
A televisão pública anunciou mais cedo que 20 pessoas morreram desde sábado na Praça Tahrir, em pleno centro do Cairo, onde acontecem os choques mais violentos.
Nesta segunda-feira, a polícia usava gás lacrimogêneo contra os manifestantes, espalhados em pequenos grupos na praça e seus arredores, que respondiam com pedras.
Um incêndio teve início num prédio nas imediações e os bombeiros tiveram dificuldades para resgatar moradores por causa da ação da polícia contra os manifestantes, o que irritou pedestres que passavam pela área. Alguns moradores do edifício tentavam escalá-lo para ajudar as pessoas que não conseguiam sair de lá.

Os confrontos entre forças de segurança do governo e manifestantes no Cairo e outras cidades egípcias resultaram na morte de pelo menos 22 pessoas desde sábado, num dos momentos mais violentos no país desde a derrubada do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro.
Segundo informações do Ministério da Saúde, entre os 22 mortos estão manifestantes e membros das forças de segurança.
Os choques acontecem a uma semana do início das primeiras eleições legislativas no país desde a queda de Mubarak.
Os manifestantes exigem o fim do poder militar instaurado desde fevereiro.

Forças sírias matam quatro pessoas
em novo dia de confrontos

Quatro pessoas morreram nesta segunda-feira (21) em uma ação das forças de segurança sírias na província de Homs (centro), informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Duas pessoas morreram e sete ficaram feridas em Homs. Duas morreram na cidade de Qusseir e oito foram feridas a tiros", afirma um comunicado do OSDH.
O Exército também ocupou posições nas localidades de Karnaz, Lataminah e Kafar Nabudeh.
Nesta segunda-feira (21), a Rússia acusou o Ocidente de buscar a provocação na crise síria ao não estimular o diálogo entre a oposição e o presidente Bashar al Assad.
O chanceler Serguei Lavrov disse que a conduta do Ocidente é "equivalente a uma provocação política a nível internacional".(reportagem R7.COM)

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